Design participativo e espiritualidade

“Spirituality based codesign” é um artigo escrito por mim e pela Karine Freire e apresentado na Participatory Design Conference de 2022 em uma sessão de debate sobre Ontologias Decoloniais (vídeo abaixo). No texto, buscamos entender como o conhecimento espiritual pode ser aportado em projetos de design participativo de forma ética e profunda, evitando o uso superficial ou mal intencionado desse tipo de recurso.

A partir do trabalho das pesquisadoras Yoko Akama, Penny Hagen e Desna Whaanga-Schollum com povos originários da Nova Zelândia, da provocação de Ann Light sobre a necessidade de uma cultura de design mais plural e do chamado de Maria Cristina Ibarra por um Design Sentinpensante, trouxemos o exemplo de um processo de design participativo no qual foi utilizado um método de gestão organizacional baseado no budismo. Importante também em nossa construção foram as perspectivas de design propostas por Arturo Escobar.

O principal ponto de nossa reflexão é que a aproximação entre design participativo e conhecimento espiritual pode ser fértil para ajudar a garantir um processo mais democrático e amplamente benéfico, mas é preciso que os designers se ancorem em uma prática espiritual autêntica, que faça parte de suas vidas e não como uma ferramenta da qual se lança mão rapidamente em um momento específico.

Você pode baixar o artigo (em inglês) aqui nos anais do PDC 2022.

// agosto de 2023 //